segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Agora não!!!

No 4º ano da Faculdade tive de fazer um trabalho megalómano para Direito do Urbanismo. O objectivo era imaginar que Lisboa era afectada por um terramoto igual ao de 1755, e, a partir daí, criar os mecanismos legais necessários para a reconstrução da cidade. Na altura tive de fazer alguma pesquisa histórica e fiquei aterrada com testemunhos da época que descreviam aquele dia. Desde então só pensei "Porra. Se isto se voltar a repetir quero estar bem longe da zona ribeirinha".
Passados uns anos cá estou estou a trabalhar na Praça do Comércio (mais perto do rio só mesmo de calças arregaçadas) num edifício que vai afundando e rachando lentamente. E a porra do terramoto de hoje sentiu-se MUITO BEM por estes lados. Parecia que o pc e a secretária tinham ganho vida própria. Foi um valente cagaço e inevitavelmente vieram-me à cabeça as histórias que tinha lido.

Caras placas tectónicas: o meu contrato termina no dia 13 de Março. Por favor, aguentem-se até lá. A sério. Eu portei-me bem este ano.

10 comentários:

apipocamaisdoce disse...

Lololol! Eu percebi que se houver um assim mesmo à séria não tenho salvação possível. Esta manhã fiquei em estado de choque e nem sequer me mexi. Só pensava, "ok, quando é que esta merda vai começar mesmo a abanar à grande?". Felizmente, parou. Mas ainda estou maldisposta à conta da brincadeira.

Piston disse...

Não te alarmes. Essa estrutura de pinho verde podre é bastante resistente...

Anónimo disse...

Pois é Pipoca, o que é mais estranho é que ninguém se mexeu. Acho que pensamos sempre que mesmo que seja um sismo ele vai ser sempre fraquinho....até um dia :(

Francis disse...

é verdade, aqui há uns anos tambem estive a ler sobre 1755 e fiquei aterrorizado.
e ninguem fala do algarve que desapareceu do mapa.

Casemiro dos Plásticos disse...

ainda vamos todos po galheiro!

Rafeiro Perfumado disse...

Eu já é a segunda vez que perco a diversão à borla. Vou amuar!

Joana disse...

Rafeiro, deixa lá. Acredita que não é uma sensação nada agradável. Eu também nunca tinha sentido nenhum e queixava-me. Agora dispenso os abanicos... :)

Giorgia disse...

também num gostei...

beijokas

Isabel Paixão disse...

Já senti um, quando era pequena, no Algarve. Mas na altura confesso que estava bem mais preocupada a olhar para o enorme lustre de cristal que estava no tecto mesmo em cima do lucal da minha cama, que abanava, e eu a pensar "ah, era um bocado chato se isto agora caisse em cima de mim, não era?". Quanto ao abalo em si, não dei muita importância. Neste, sinceramente não o senti. Estava no Técnico, a beber café, veio e foi, nem dei por ele. Nem eu nem o resto das pessoas que estavam lá. O que só comprova uma de duas coisas: 1) Os sismos não se fazem sentir no Técnico, não somos dignos; 2) Os engenheiros estão ainda todos queimadinhos da época de exames que só querem beber café sossegados, sem que ninguém os chateiem, e querem lá saber de abalos sismicos. Além de que aquilo era precisamente o pavilhão de engenharia civil, malta habituada a estas coisas.

Anónimo disse...

há quem diga que "o civil" é antisismico, eu nunca acreditei muito, mas já é o segundo sismo em poucos anos e "a barraca" aguentou-se lindamente, se calhar os senhores até percebem daquilo...